31 dezembro 2013

Sim, 2013 foi um ano bom



Pois é, o ano 2013 já la vai e chegou a hora de fazer um pequeno balanço sobre o que ele representou para nós, enquanto família.

Se no inicio eu achava que este ia ser um dos piores anos das nossas vidas em termos financeiros, o ano acabou por se revelar bastante positivo.

Tanto que a TV nos amedrontava com a crise e a crise e que (quase) íamos passar fome com as medidas de austeridade e da Troika, eu entrei em Janeiro com um medo terrível, confesso. Foi, talvez o primeiro dos anos em que não fiz planos absolutamente nenhuns, porque simplesmente não sabia que esperar deste ano.
Janeiro já la ia quase no fim quando a primeira boa noticia do ano apareceu e logo, logo a visão de 2013 melhorou exponencialmente... recebi o meu positivo e soube mais tarde que íamos receber um menino na nossa família.

Continuando a viver mês após mês, com saldo nem sempre positivo mas a verdade é que felicidade, saúde, paz e alegrias não nos faltaram.

Apesar de tudo conseguimos comprar o carro que tanto desejávamos para transportar a numerosa família. Foi mais uma conquista do nosso ano.

Alcançamos ainda o sonho de ter uma moradia com espaço para as crianças, numa zona pacata dos subúrbios da cidade.

Nesta altura eu ja pensava que o ano tinha sido um sucesso para todos nós, mas não acabou por aí... porque ainda consegui realizar o meu desejo, fazer nascer o meu filho. E consegui isso num parto lindo, sereno em casa.

As meninas receberam o mano com imensa alegria, é tão mimado e acarinhado por elas que não há palavras para descrever.

Foi um ano difícil para o meu marido a nível profissional, esteve imensas vezes ausente de casa e muitas vezes, mesmo estando na zona a trabalhar, quase mais parecia que não estava, poucas vezes as crianças se cruzavam com ele.

A verdade é que tudo o que conquistamos este ano, foi na base do sacrifício, da dedicação e muitas vezes na onda da aventura, todos sabemos que o futuro é incerto, mas se estivermos sempre à espera de certezas nunca seremos felizes.

Desejo que 2014 seja no mínimo igual a este ano, que nos encha de muita alegria, que nos traga muitas vitorias e muito sucesso às nossas vidas. Não digo que nos calhe o Euromilhões, nada disso, nós não precisamos de dinheiro para estarmos felizes, precisamos apenas de estarmos juntos e de boa saúde, tudo o resto vem por acréscimo.

Posto isto, posso mesmo afirmar: "sim, 2013 foi um ano bom".

25 dezembro 2013

3 meses


Não há volta a dar, estas lindo.
Realmente ter manos mais velhos, faz toda a diferença no desenvolvimento de uma crianças, especialmente se eles forem ainda pequenos.
Noto que estas mais atento, mas desperto para as brincadeiras que elas estavam nesta idade.
Quanto pesas, eu não sei, mas o pai e eu ja nos queixamos imenso de dores nos braços de tanto andar contigo ao colo.
Que fique para registo que aos 2 meses e 3 semanas descobriste que tinhas mãos e adoras brincas com elas.
Sei que este é o meu terceiro filho, mas mesmo assim continuo a vibrar com cada descoberta como se fosse o primeiro.
Adoramos-te pequeno Sam.

20 novembro 2013

O melhor do meu dia


Tenho tido uns dias tão difíceis, que realmente é necessário parar,para fazer este exercício, de modo a tentar perceber o que de bom houve neles.

No meio de multas, problemas com a segurança social e notificações estranhas... houve com certeza algo de bom no meu dia de ontem.

Então vamos lá. Foi bom sair e beber um chá com uma amiga, estava mesmo a precisar de alguém que me "aturasse" por uns minutos. O sitio era estupendo, um bonito salão de chá que a nossa cidade tem e eu nunca tinha visitado. O chá era maravilhoso, ficou combinado de voltarmos para comprar daquela iguaria fabulosa. E já que eu adoro chá vou voltar mais vezes.

Houveram mais coisas boas, a oportunidade fantástica de dar colinho ao meu filho bebé, sentir o aconchego de um abraço apertado que a Sarinha me deu quando chegou da escola. Ter a minha filha mais velha como amiga a confidenciar-me com entusiasmo o seu dia.

Ser mãe a tempo inteiro dá-me estas oportunidades, sem duvida eu não me posso queixar!

Agora olhando para trás, tudo é menor mediante estas coisas tão grandes. Sou mesmo uma privilegiada. 

Maravilhoso dia o meu. 

13 novembro 2013

A piscina, grande questão do momento na vida da Sara

A Sara adora a piscina. A miúda é pata. Só esta bem dentro de agua. Percebi isso ainda no verão, quando comprámos uma mini-piscina de plástico para ter em casa dos meus pais.

Que dizer da adaptação dela à água??? Bem, acho que não houve ela gostou desde o primeiro momento.
Agora a questão que se coloca é se a deixo continuar ou não.

A época iniciou em Outubro e das 4 vezes que foi, duas ficou doente, com dor de ouvidos e da ultima vez só passou com recurso a antibiótico.

Sei bem que a piscina nesta fase não lhes traz nada de útil, apenas diversão e brincadeira, porque aprender a nadar eles não aprendem, mas não sei se estou para ver a miúda sofrer de cada vez que vai.

Uma solução seria comprar aquelas fitas/tampão para colocar nos ouvidos, mas conhecendo a Sara, sei bem que ela fará uma gritaria de cada vez que tentarmos colocar aquilo. Será outro sofrimento
.
Apesar de todo o investimento feito, estou mesmo tentada a deixar esta actividade em suspenso um ano. 
A medica é da opinião que a piscina só deve iniciar depois dos 4 anos, justamente por causa das otites. E foi o que fizemos com a Eva. Com a Sara, uma vez que ela esta na mesma sala da irmã e esta tem piscina, eu julguei que não podia deixar a miúda sem esta actividade porque iria ficar triste.

Afinal a ida esta dividia em dois turnos e é feita em dias diferentes, portanto penso que a retirada da pequena não lhe fará grande diferença. Talvez ela nem se aperceba.

Conclusão, acho que a actividade fica suspensa ate 2014 e vou ter de pensar noutra actividade extra.

12 novembro 2013

A vida cá por casa

Com a chegada do novo membro as rotinas e o ritmo da casa alterou-se por completo.

Tudo o que eu decido e programo fazer no dia seguinte, nem sempre se cumpre e quando cumpre é a um ritmo que eu não estava habituada.

O Samuel, apesar de ser um bebé calminho e sereno, é um bebe que gosta de colo, como todos os bebés. Não gosta de estar sozinho e os soninhos dele nem sempre são grandes ou iguais todos os dias.

Com ele não consigo ter dois dias iguais, se hoje ate dormiu enquanto preparava o jantar, amanhã é capaz de estar esse mesmo tempo acordado e a choramingar por colo e atenção, enfim! Cabe-me a mim, organizar-me e adaptar-me, né?

Na vida da Eva ainda não notei que ele tivesse vindo fazer muita confusão, mas quanto à da Sara, já não posso dizer o mesmo. A chachopa anda reguila, traquina, chata, birrenta e tudo e tudo, só para chamar à atenção. Nem sei bem que fazer! Se por um lado é melosa e atenciosa com o Samuel, por outro, sempre que me apanha desprevenida, rouba-lhe a xuxa ou então se ele não a tem posta, tenta metê-la à força... 
Outras vezes faz-lhe festinhas com força, fazendo-o chorar. Até ja dei com ela a tentar pegar-lhe ao colo. 
No inicio perguntava muita vez pela mãe do Samuel... e quando é que ela vinha... e quem era, agora já percebeu que sou eu e que ele veio para ficar. Desde daí que a coisa descambou...

Pensando bem, a Sara esta para o Samuel o que a Eva estava para a Sara, tal e qual...

Tenho tentado mostrar à Sara que continuo a gostar tanto dela como antes. Nada mudou, mesmo quando ela pede um lugarzinho na nossa cama, ele continua lá... embora que agora mais apertadinho.

As rotinas de fim de dia nem sempre têm corrido bem, nem sempre consigo dar banhos, fazer jantar e tratar do Samuel como planeado e por vezes um cerelac faz milagres.

Confesso que a vinda da Sara foi bem mais dura do que tem sido a do Samuel. A minha recuperação foi muito lenta e dolorosa complicando mais a adaptação. Neste caso a recuperação foi muito rápida e sem dor. As noites têm sido maravilhosas, apesar de tudo. O Samuel mama uma/duas vezes por noite, enquanto a Sara era de 2/2h, era extenuante.

Bem, isto tem mesmo de ser com muita calma e descontracção, para não enlouquecer. :) Acredito que mais 2/3 meses e eu volto a ter pleno controlo dos ritmos, até lá é tudo feito ao ritmo do pequeno.



26 outubro 2013

3 anos [Sara]


Há 4 dias que perguntas se" é hoje que a Sada faz anos" e ao que eu respondo sempre que não, mas tu emburras de tal forma e dizes que sim que eu só para não te ouvir gritar, deixei-te fazer anos estes dias todos... mas o o dia certo e exacto é HOJE. Completas três deliciosos anos.
Como o tempo nos foge das mãos, meu Deus!
Estas enorme, minha querida filha. (medes 93 cm, menos dois que a Eva e pesas menos 1,5kg que ela na mesma idade)
Tem sido um prazer educar-te, amar-te e cuidar-te.
Este ano tem sido um ano de muitas conquistas. Iniciaste a escolinha, e tens te saído muito bem com a aprendizagem de coisas novas e a vivência em grupo. Apesar de que não lidaste muito bem com a separação nestes primeiros tempos, mas é normal, faz parte!
Noto que estas super desenvolvida ao nível da fala, expressaste claramente e tens uma excelente dicção. Esforças-te por aprender palavras novas e dizê-las correctamente. Não te importas que eu te corrija e isso é muito bom.
Fazes imensas perguntas, são imensos os "porquês", queres saber o que é e para que é tudo. Questionas até quem me liga ao telefone, coisa que a tua irmã nunca fez. 
Este ano também conheceste uma casa nova, maior e com mais espaço para brincares. Inicialmente não gostaste muito da ideia e estavas sempre a perguntar pela casa da mãe, mas agora ja estas perfeitamente adaptada.
E por ultimo, a grande novidade foi a vinda do maninho para "incomodar" a tua vida. Até aqui eras a menina mais nova e passaste a ser "a do meio", vamos ver como lidas com esse novo papel.
Embora ja te tenhas vindo a revelar nestes últimos dias. Andas agressiva. Bates imenso na mana maior, por vezes ela até te foge... mas temos vindo a conversar sobre isso e acredito que juntas vamos melhorar.
À mesa, que comias tão bem e pela tua mão, sempre foste tão independente, agora regrediste, "queres ajuda" imensas vezes. Não sei se foi da escola se da vinda do mano, mas que é tão chato, isso é!
Continuas uma menina muito criativa nas brincadeiras, com um sentido imaginativo muito grande... tanto que uma fila de cubos alinhados para ti é um comboio, e assim imaginas que tens um... mas a mãe, ja tratou de te comprar um exemplar. O que te vais deliciar com ele... ja estou a imaginar.
A tua irmã é sem duvida a tua melhor amiga, brincam imenso. São cúmplices em tudo, para o bem e para o mal, Adoro ver-vos assim, e espero que o sejam pela vida toda. Eu estou sempre a dizer-vos isso mesmo, que gostava que fossem sempre, sempre amigas.
Agora tens uma expressão nova... sempre que algo não esta do teu agrado ou quando vamos contra a tua vontade... gritas-me e dizes que "não gostas de mim, nunca, nunca, nunca"... Qualquer coisas que não querias la vem o "nunca, nunca, nunca"... enfim! Recordações que ficarei para sempre deste ano.
O adormecer, continua complicado e difícil, já tentamos tudo cá em casa, desde sentar ao teu lado, contar historias, colocar-te na nossa cama para adormecer e ate deitar contigo, mas acabamos por adormecer primeiro que tu. Agora desisti e pedi para que passasses a fazer apenas 30 minutos de sesta na escola, e isto sim, resultou muito bem. Agora em vez de 1 a 2 horas para adormeceres, ja consegues faze-lo em 30 ou 45 minutos no máximo, felizmente. Confesso que ja andava cansada desta fase.
Adoras andar de bicicleta. Embora o veículo seja da tua irmã, tu é que fazes uso dele. És mesmo dada a estes exercícios, já a Eva, o negocio dela nunca será este... tanto que ela pediu a bicicleta e agora se não fosses tu, estaria encostada.
Hoje teremos uma pequena festa com os nossos amigos. Uma festa de convívio e de comemoração. Espero que te delicies e que tenhas um dia bem alegre e feliz, vou tentar contribuir para isso.
Na segunda feira levaremos um bolinho para a escola, tal como tu mesma pediste.
Adoro-te minha menina loura.

02 outubro 2013

O [nosso] parto em casa… após duas cesarianas [VBAC2]



Ao longo de 35 longas semanas, a dúvida mantinha-se: Onde, como e de que forma ia nascer a minha criança? 

Sou uma mãe com duas cesarianas prévias, uma por sofrimento fetal, após uma indução em 2008 e outra por febre intra-parto em 2010, neste entrei em trabalho de parto naturalmente e levei epidural perto dos 5/6 cm, mas a febre e o procedimento hospitalar não me deixaram evoluir. 

Desta vez ninguém me ia tirar a oportunidade de fazer nascer o meu filho! Isso já eu tinha decidido bem antes de estar grávida. 

As pesquisas sobre um VBAC2 começaram logo depois do parto da minha segunda filha, mas foi no dia que veio o positivo que me apliquei em força. Eu não queria passar por outra intervenção cirúrgica (cesariana) sem verdadeira necessidade. Sei que em Portugal o procedimento dita que após duas cesarianas a terceira é garantida… mas eu sabia que noutros países, noutras realidades isto já não se aplica, ou seja uma gravida/gravidez de baixo risco pode ser candidata a parto normal. 

Li, pesquisei imenso, em sites internacionais, em sites de maternidades estrangeiras, li artigos e estudos em bibliotecas médicas. Falei com Obstetras de outros hospitais, enfermeiros que trabalham no hospital onde, supostamente o meu bebé poderia vir a nascer. 

Era preciso avaliar o risco de ruptura uterina, era preciso perceber o quão alto ele era na realidade, já que a minha GO não sabia quantifica-lo. E eu não queria de forma nenhuma por em risco as nossas vidas, a segurança tinha de vir em primeiríssimo lugar. 

Foram largos meses nisto. Às 22 semanas, surge o primeiro encontro com o enfermeiro que me assistiu no parto em casa. Onde nos explicou imensas coisas, retirou-nos algumas dúvidas, garantiu ser perfeitamente possível o parto via vaginal e em casa se assim o entendêssemos, mas o meu marido veio de la com a ideia de que parto em casa: NÃO! 

Confesso que não insisti durante largas semanas, e deixei a ideia amadurecer na cabeça dele. Fui comentando de artigos que ia lendo, apenas e só! 

Ao longo da gravidez as consultas com a GO acabavam quase sempre no mesmo: cesariana por procedimento e possível laqueação… esta ultima assustava-me ainda mais que a primeira. Até porque sei que há casos em que a intervenção foi feita sem consentimento. E não era assim tão difícil justificarem-na, bastaria que alegassem que os tecidos do meu útero não suportavam nova gravidez ou algo do género. 

A ideia de ter o meu bebe num apartamento não me agradava muito, gostava imenso de ter uma casinha simpática, onde nós pudéssemos estar mais confortáveis, caso eu viesse a decidir ter o bebe em casa. E eis que às 33 semanas, essa oportunidade surge. Uma moradia, perto da cidade e a 10 min do hospital, dentro dos valores que podíamos arrendar. Na minha cabeça tudo se estava a alinhar para que o parto fosse mesmo domiciliar. 

Mudanças feitas. O tempo foi passando, fomos garantindo que a gravidez se mantinha de baixo risco e que realmente o parto em casa poderia ser viável. Às 35 semanas, assumi que sim, que seria em casa, acompanhada pelo enfermeiro mais maravilhoso que conheci até hoje, e por uma doula, que não podia deixar de ser a primeira que conheci e pela qual me “apaixonei” já em 2009! 

Reunidas as condições, equipa e local escolhido, toca de esperar pelo dia “P”. Aquele dia que me levaria a conhecer as verdadeiras capacidades do corpo, da natureza e da minha essência enquanto mulher. 

No dia 17 acordo por volta das 5:30 da manhã com uma contracção com dor, ignorei e adormecei. Passados uns 30 minutos, outra! Levantei-me logo e assumi ser um sinal forte de que algo ia mudar nos próximos dias… durante esse dia continuei assim, umas com dor, outras sem, mas tudo sem ritmo. 

Na noite de 17/18, dormi mal, muitas contracções, umas doíam, outras não, mas a maioria fazia-me acordar. Passei o dia a tentar perceber-me e à noite liguei à minha doula que se prontificou a vir para junto de mim. Liguei igualmente ao enfermeiro que me disse logo para ir avaliando e assim que elas ganhassem ritmo e estivessem de 5/5 em min para avisar que ele viria. 

Pedi aos meus pais para virem buscar as meninas, não queria que elas assistissem ao parto, para mim não faria qualquer sentido. Até porque elas são muito pequenas e não iriam entender porque a mãe ia ter dores ou algum tipo de desconforto. Acredito que eu mesma também não teria paciência para lhes dar atenção caso precisassem.

O marido foi então proceder à limpeza e enchimento da piscina, que ainda não o tínhamos feito. O lugar escolhido foi o nosso quarto. E a ideia inicial era o bebe nascer la, na piscina ou fora dela! O quarto era o local escolhido. 



A noite foi passada entre contracções, já todas com dor, mas sempre sem ritmo, ora tínhamos uma hora completa de contracções de 10/10, ora abrandava e passavam a 20/30 minutos de novo. A certa altura a doula disse para ir descansar e elas abrandaram por completo. Na manhã seguinte sugeriu-me um longo passeio a pé... e la fomos. Na volta o enfermeiro veio fazer avaliação do meu estado. Para meu desânimo um cm de dilatação, mal medido, apenas! Era possível que estivéssemos sobre um falso trabalho de parto e isso desanimou-me imenso. Não podia ser, pensava eu! 

A conselho dele resolvi descansar o resto da manhã e ambos saíram. A ideia era de tarde ir dar um passeio à praia com o marido, mas isso já não aconteceu. 

Por volta das 15 horas, coloquei dois bancos almofadados em frente ao meu sofá, sobre eles um édredon e uma almofada bem alta e debrucei-me, assim aliviava as dores das contracção e descansava no intervalo delas. Usando um aplicativo para o telemóvel fui contabilizando os tempos e a frequência delas. 


Comecei a falar comigo mesma, com o meu corpo e com o meu bebe. A imaginar o meu colo a abrir e o bebe a descer/encaixar… comecei a dizer ao bebe para descer e fazer o trabalho dele que eu ia fazer o meu e breve nos íamos conhecer, passei largas horas nisto. Comecei a notar contracções ritmadas de 8/8 minutos, agora sim entrava em trabalho de parto efectivo… depois de 5/5 por volta das 20 h e liguei para a doula (a medo!) pois estava com receio de a fazer vir e tudo abrandar de novo. Liguei ao enfermeiro que disse que ia começar a arrumar as coisas para vir. Passado uma hora chega a doula e as contracções já estavam de 3/3 minutos e algumas com duração de 1:30. 

Ligo de novo ao enfermeiro que sugeriu ir para a piscina e relaxar. Sentia uma dor enorme nos rins sempre que a contracção vinha e a única forma de lidar com ela era com massagem/pressão. A doula e o meu marido foram incansáveis nisso, iam massajando a zona e eu sentia um enorme alívio e conforto. 



O enfermeiro chega, avaliação feita e 5 cm completos, confesso que esperava mais, estava ansiosa para conhecer o meu bebe… mas continuámos a relaxar na água, eu e o meu marido, num ambiente a media luz, só nós, ele conta que no intervalo das contracções eu relaxava de tal forma que eu adormecia por completo, e isso aconteceu ate na piscina, tendo ele de me segurar enquanto eu dormitava. Sinceramente não me recordo. Há partes que não lembro mesmo. 

A determinada altura achamos que as contracções teriam abrandado e foi sugerido que saísse da água, embora eu mesma já estivesse também com esse desejo. 

Desci e voltei para o meu lugar refúgio, os bancos e as almofadas… nisto uma vontade única de fazer força, como eu nunca tinha sentido na vida… e comento isso mesmo. Nova avaliação e voilá 8 cm. Passou tão rápido, porque recordo-me que não estivemos muito tempo na agua. 

Confesso que nesta fase, eu achava que as minhas costas me iam “matar”, aquelas dores sobre os rins eram difíceis de se lidar sem massagem/pressão naquela zona. Nesta fase eu tentava imaginar-me na minha cama, deitada em lençóis brancos com o meu bebe já nascido e a descansarmos… imaginava estar naquele conforto delicioso. E assim tentava abstrair-me.

Mais uns minutos e dilatação completa. Nesta altura era preciso fazer força, porque o bebe estava mal posicionado, era preciso rodar para a posição certa… havia ainda um longo trabalho da parte dele a ser feito. Foi-me questionado onde eu queria que o bebe nascesse, e para mim já nada importava podia ser mesmo ali, no sofá da sala. Já nem pensava na piscina, nem no quarto, nem em nada… queria fazer nascer o meu bebe. 


Estive algum tempo nesta fase, era preciso fazer força para o ajudar a rodar. A determinada altura, o enfermeiro resolveu dar uma ajuda o que para mim foi uma bênção e rapidamente cheguei à parte em que tinha de fazer força mas para o fazer nascer. Força que eu não sabia ser capaz de fazer, daquela força que nós temos não sei onde… foi mesmo essa que fez o meu bebe nascer de uma só vez à quarta contracção! 

O bebe veio logo para o meu peito… coisa maravilhosa. Pude senti-lo logo em cima de mim, ainda ensanguentado, ainda cheio de vernix, ainda com aquele cheiro tão próprio, tão característico de um bebe acabado de nascer. Senti um prazer que nunca tinha sentido. Após o cordão acabar de pulsar foi cortado, aqui não sei por quem, porque o meu marido não quis, e sinceramente, por muito que me esforce não me consigo recordar. Enquanto mimava o meu bebe levei meia dúzia de pontos. 




Assim ficamos os dois o resto da noite, coladinhos, eu e o meu filho, despidos, a sentir o calor um do outro, o cheirinho, a desfrutar do toque pele com pele. 

Apenas nos afastamos uns minutos para ser pesado.




Foi lindo, foi mágico, fiz nascer o meu filho! Vê-lo ali, assim saído de mim, e por mim, foi a sensação mais maravilhosa do meu mundo… naquele dia, sem dúvida… NASCEMOS OS DOIS! 

Na manhã seguinte, subi para a minha casa de banho, sem dúvida um outro conforto e vantagem de estar em casa. Tomei um banho relaxante com a ajuda e vigilância do meu marido. E pude finalmente descansar na minha cama com o meu bebe. Não mais fui tocada, observada ou mexida desnecessariamente e isso agradou-me. A doula que tinha dormido de novo connosco, vestiu o bebe e deitou-o juntinho a mim. Ajudou o meu marido naquilo que ele precisou e depois saiu, deixando-nos aos três sozinhos para o nosso merecido descanso e retiro familiar.

Fui tão amada, acarinhada e respeitada o tempo todo. Pude movimentar-me, adoptar outras posições mais confortáveis para alivio da dor. Pude beber líquidos (agua e chás) e comer. Estive sempre activa. Não me foi feita episiotomia. Não fui tocada sem que eu o desejasse também. O meu bebe não teve de passar por todos aqueles procedimentos típicos que nos afastam em ambiente hospitalar e em nada contribuem para o seu bem-estar, como sejam as aspirações, limpezas, vestir e aplicação de soluções medicamentosas.

Ao quarto dia o enfermeiro veio ver-nos. Fez o teste do pezinho ao bebé e medi-o. Trouxe o livrinho oficial do bebe e o documento do nascimento para procedermos ao seu registo. E assim terminou a nossa deliciosa aventura.


Com o meu relato quero dizer que um parto via vaginal após duas cesarianas é perfeitamente possível, sendo, portanto uma gravidez de baixo risco. Em casa também é uma possibilidade a considerar, mas há variáveis que é preciso avaliar, convém procurar ajuda de um profissional que vos possa esclarecer e orientar. 

Nunca em momento nenhum senti dor ou qualquer desconforto na cicatriz. 

Quando me perguntam quais as razões que me levaram a optar por um parto domiciliar, eu digo que são muitas, mas a mais importante foi, sem dúvida a busca pelo respeito por mim e pelo meu filho. O respeito pela minha vontade. Busquei um respeito que em ambiente hospitalar eu não teria, pelo menos não dentro do que eu considero respeito pelo parto e pela sua fisiologia. 

Foi muito importante para nós ter uma doula. O apoio emocional, psicológico e toda a ajuda que ela nos prestou, foi simplesmente fantástico, todas as mulheres deviriam ter uma no seu parto. Sentir que tínhamos ali alguém que não só conhecia a fisiologia do parto, mas também já tinha passado pelo mesmo, sabia identificar cada um dos meus sinais, sabia orientar-nos para aliviar a dor e nos deixar mais confortáveis. Uma presença imprescindível sem dúvida. 

Durante este processo todo temi pelo meu marido. Conheço a sua fraqueza em lidar com sangue vivo, mas ele conseguiu surpreender-me e surpreender-se a si mesmo. Diz que apenas se sentiu mal quando me viu ser cozida. Sentiu o chão fugir-lhe dos pés. De resto durante todo o tempo ele esteve à altura. Acho que depois deste "tratamento" esta apto a virar enfermeiro. 

Quanto à dor. Toda a gente me pergunta como lidei com ela. E o que eu digo é que se nos mantivermos activas durante o trabalho de parto, tivermos um bom suporte emocional e psicológico (doula e o marido por perto), formos variando as posições e tentar procurar conforto explorando as ordens do nosso corpo, posso afirmar que não é assim tão difícil de lidar com ela. Claro que também passei pela fase em que achava que não ia conseguir, mas lá estavam aqueles três corações para me encher de coragem o tempo todo. 
Afinal nós somos capazes de fazer isto. Basta acreditar em nós mesmas e na nossa capacidade de fazer nascer os nossos filhos.

No que diz respeito aos pontos, foi fantástica a recuperação, não senti absolutamente nada, sempre me sentei e mexi muito bem, tanto que ao 4º dia eu ja me sentava à "chinês". Obrigada António pelo excelente trabalho e sei bem, que não foram só meia dúzia de pontos.  

Hoje sinto-me feliz pela minha escolha e se houver uma "outra vez", será com certeza, desta forma. 

26 setembro 2013

38 semanas

A ultima foto.

Chegamos assim ao fim.


Entretanto venho por a nossa experiência de parto.

23 setembro 2013

Ja nasceu...

Pois é... no passado dia 20 pelas 4:05 da manha nasceu o nosso Samuel. Nasceu em casa. Foi a experiência mais maravilhosa que passamos.
Com 3180g e 50 cm. O nosso novo amor é lindo.

Depois venho cá contar tudo.

03 setembro 2013

O primeiro dia de escola

Ontem foi o primeiro dia para a Sara e o inicio do quarto ano para a Eva. Será finalista este ano. Como o tempo passou... 
A Eva estava ansiosa, desejosa mesmo. No dia anterior tinha-lhe dito que a escola começava ontem e ela passou o tempo todo a perguntar se eu não estava a mentir, se ia começar mesmo... estava mesmo desejosa de brincar com os amigos e de voltar às rotinas.
Quanto à Sara, essa também estava bastante empolgada, bastante feliz até ao momento em que entrou na sala e percebeu que eu não ia la ficar com ela. Pediu tanto para "a mãe ficar aqui comigo", e depois desatou num pranto, ela e eu... custou-me imenso, confesso. Ha quem diga que ao segundo melhora, so não sei onde... sofri tal e qual como quando foi com a primeira. Enfim!
Passado uma hora liguei e ela já estava bem, a brincar.
Soube que passou bem o dia inteiro. 
Fez a sesta sem stress.
Ao fim do dia quando as fui buscar, contou-me mais ou menos o que fez. Andou no baloiço, no escorrega e dormiu com os meninos.
Perguntei se queria ir amanhã ao que respondeu prontamente que sim.
Esta uma crescida.
A Eva essa choramingava sempre que a Educadora dava colo à irmã, suponho que tenham sido simples episódios de ciumes. De resto, passou o dia de volta da mana, e nunca a largou.
Vamos ver como correm as coisas daqui por diante.
Sei que muitas pessoas são completamente contra ter a juntar os irmãos na mesma sala, mas para mim não podia ser mais perfeito. Elas são super amigas, super unidas, não fazia sentido para mim separa-las e também será só este ano, depois a Eva já segue para a primeira classe.
Bem, tenho de ir preparar a malta para o segundo dia. Fui!

7ª consulta de gravidez

Ontem la fomos para aquela que será a ultima consulta de vigilância da gravidez.
As analises estavam todas em ordem.
Quanto ao peso aumentei ate agora 14 kg. Mais dois que na gravidez da Sara e mais quatro que na gravidez da Eva.
Consegui conversar com a medica sobre a não marcação da cesariana. Foi-me pedido que as 39 semanas, aquando do primeiro registo hospitalar assinasse um termo de responsabilidade.
Fez-me um toque, mas estava tudo normal, mesmo depois das mudanças que fizemos estes dias, nada afectou a minha gravidez.
A consulta foi muito rápida e super tranquila.
A partir de agora é esperar.

30 agosto 2013

35 semanas

E pronto. Já cá chegamos.
Pois parece que desta gravidez pouco ou nada escrevi, que mau, né?
O que eu tenho a dizer???
Bem, se o segundo trimestre foi um mar de rosas, este tem sido complicado.
Muitas dores nos ossos da bacia e muitas contracções.
Emprestaram-me uma bola de pilates que tem sido a minha grande amiga, nesta luta conta os desconfortos da gravidez. Sento-me la, faço uns exercícios e o alivio é enorme, aconselho a todas que estão a pensar adquirir, sem duvida.
Estivemos uns dias de ferias em casa dos meus sogros e foi nessa altura que comecei a ter muitas contracções por dia, algumas com dor. Foi necessário começar a tomar magnésio para as controlar, porque estavam a ser mesmo insuportáveis em alguns dos casos.
Na semana passada mudamos de casa e eu sofri imenso com o cansaço, mas finalmente e após uns bons dias de descanso recuperei e ainda deu para aproveitar o resto das ferias que sobravam.
Segunda-feira (2-09) temos a nossa ultima consulta com a GO, com a qual vou discutir alguns pontos sobre a não marcação da cesariana electiva. Provavelmente terei de ir ao hospital assinar algum tipo de documento, mas veremos.
Ja fiz as ultimas analises do trimestre que, pelo que eu consigo interpretar, estão óptimas... de facto esta tem sido uma excelente gravidez. A melhor sem duvida.
Quanto ao peso, já contamos com 14 kg a mais! 
E agora para finalizar uma fotinha.


Esta foto é das 34 sem, a minha maquina avariou e agora não consigo fazer registos, apenas com o telemóvel.
Quanto ao parto já esta tudo alinhavado, resta esperar. O nome esse também ainda não há! Temos de pensar sobre isso, mas há tempo, portanto! :) 

29 agosto 2013

Verão 2013

Este verão foi um dos melhores que tivemos ate hoje.
Apesar de não termos feito ferias... daquelas em que saímos de cá por uma semana e vamos com destino a qualquer praia, normalmente Monte Gordo, no sul... 
Acabámos por aproveitar muito mais as nossas praias do que em qualquer um dos anos anteriores.
As meninas tiveram muito mais diversão desta forma, de tal modo que já começo a ponderar se vale a pena investir tantos €€ apenas numa semana fora ou se o melhor é ir gastando ao longo do verão com outras destinos e passeio, embora mais pequenos.
Ainda em Julho comprei uma piscina insuflável para casa dos meus pais e la passaram uma grande parte do tempo. Garanto que se eu soubesse que aquilo dava tantas horas de diversão ja a teria comprado mais cedo. 
Enquanto me foi possível, dada a minha condição ainda fizemos varias vezes praia só as três. Em S. Pedro de Muel, que era o mais fácil para mim.
Agosto entrou e com ele a minha entrada no terceiro trimestre, comecei a sentir-me tremendamente cansada e com muitas dores/contracções e elas acabaram por aproveitar mais a piscina. Iam ficando alguns dias na minha mãe, onde puderam também aproveitar de toda a calma e vida no campo.
Mas foi tão delicioso este verão. Sem duvida um dos melhores, mesmo sem ferias propriamente ditas.
A Eva e a Sara estão moreníssimas. Eu diria "pretas" mesmo.
Foi um verão de muitas coisas boas... o nosso carro novo chegou no inicio de Julho. 
E Agosto trouxe-nos uma casa nova, com mais espaço tanto dentro como fora para as crianças brincarem.
Ainda vamos aproveitar a rua durante todo o mês de Setembro. 
Fizemos uma maratona na semana das mudanças, mas já ficou tudo arrumado nos seus devidos lugares, excepto a garagem que ainda precisa de alguma arrumação e destilagem. Há lá muita coisa inútil.




E para a semana ja começa a escola e com ela uma nova etapa para a Sara.
Eu ja estou ansiosa. 

28 junho 2013

1 Dia de Praia 2013

Hoje foi o nosso primeiro dia de praia.
Embora tenhamos ido muitas vezes durante o inverno, hoje foi diferente, porque tivemos direito a vestir biquínis, meter os pés na areia e ir a banhos.
Andei a semana a toda a pensar em levar as meninas, mas a verdade é que desde que vendemos o nosso carro e andamos com a "burra" emprestada, ficámos mais limitados, mas hoje, digamos que acordei inspirada, lá decidi ir testar a burra e ver se chegávamos sem ter de recorrer à assistência em viagem.
Surpresa das surpresa correu lindamente.
Por volta das 9:10 já tínhamos estacionado o carro mesmo à beira mar e não éramos os primeiros, mas quase...
Lá assentamos arraiais junto ao mar.
Tivemos direito a almoço na avó e uma pequena sesta... em que a Sara resolveu dormir no tapete da tia.



Por volta das 17h voltámos e após parar para um lanche reforçado no café da "cidade".
Chegámos a casa passava das 20:00 h houve uma sopinha, uns croquetes e frutinha... após um banho relaxante para todos.
Ficamos todas com a certeza que amanhã é para repetir, mas já na companhia do pai.
Eu é que estou bastante surpreendida comigo mesma, porque fiz isto tudo sozinha e barriguda, mas confesso que cheguei ao fim do dia bem... pensava que ia ficar exausta, mas não, estou mesmo bem. Adoro dias assim.

27 junho 2013

Mãe a tempo inteiro e porquê...

Hoje dei com este texto que exprime basicamente os meus motivos para ter esta profissão e da qual me orgulho verdadeiramente...

"Cara mãe e dona-de-casa,

Depois de anos de luta pela igualdade de direitos, a mulher passou a ter como opção desenvolver a sua carreira: trabalhar em áreas que estavam normalmente associadas aos homens e a poder realizar-se profissionalment. E, neste momento, para algumas mulheres esta realização profissional é indispensável. A questão agora coloca-se de maneira inversa: “se só me dedicar à casa e aos filhos, serei preguiçosa, descuidada ou menos do que as outras mulheres?” Como diz o povo, “não há fome que não dê em fartura”.

Hoje em dia, com a conjuntura económica mundial, muitos agregados familiares com filhos, perdem dinheiro ao manterem os dois elementos do casal a trabalhar. Isto porque, somando refeições fora e transporte para todos, colégios/ATL, actividades extracurriculares, etc. por vezes, é mais o dinheiro que sai do que aquele que entra. Tendo em conta esta realidade, acrescida do desgaste físico e psicológico que gerir uma casa, filhos e um emprego gera, são cada vez mais os casais que optam por prescindir de um ordenado.

Outro aspeto a ter em conta é a importância do acompanhamento do crescimento dos filhos, onde diversos estudos referem a importância da atenção, carinho e disciplina no saudável desenvolvimento do ser humano. E como mãe sabe e sente a enorme paciência necessária para as brincadeiras, perguntas, birras e disparates dos adultos em vias de desenvolvimento. Assim, podemos estar a investir num futuro melhor para os filhos, e em termos mais amplos para a sociedade. E, desta forma, primemos por lhes dar atenção, amor e disciplina de forma continuada e não a correr depois de um dia extenuante de trabalho e trânsito ou antes da corrida para os colocar a tempo e horas no infantário e seguir para o emprego.

Acrescente-se a isso uma reviravolta na escala de valores da sociedade. Num editorial recente do Jornal I (http://www.ionline.pt/portugal/agora-algo-radicalmente-diferente-melhor-trabalhar-so-21-horas), aparece referenciado um grupo de reflexão que nos alerta para um fato curioso: num futuro a médio, longo prazo, fala-se que não haverá trabalho suficiente para todos e assim a importância de se reduzirem das atuais 40 horas de trabalho para 21. O planeta também já não terá recursos por muito mais tempo para sustentar todas as solicitações de consumo, sendo importante confecionar as refeições ou arranjar roupa, em vez simplesmente de adquirir comida feita ou vestuário novo. E assim a queixa: “não tenho tempo”, poderá ser coisa do passado.

A pressão que sente para voltar a trabalhar tem mais do que contra-argumentos para se manter dedicada à casa e à família, mas… ficam-me algumas dúvidas: sente necessidade da realização profissional associada a um trabalho fora de casa? E quando os filhos crescerem e se tornarem autónomos, poderá acontecer sentir um vazio de existência, uma vez que se dedicou à casa e aos filhotes. Estará preparada para isso?

A resposta genuína a estas questões poderão esclarece-la quanto ao melhor caminho a seguir para já e no futuro.

Alguns de nós poderão sentir grande satisfação em manter uma família feliz, organizada e harmoniosa; outros sentem que só realizando o seu potencial no mundo do trabalho poderão sentir-se mais felizes, outros ainda sentem que terão de harmonizar estas duas necessidades nas suas vidas. Quando coloca estas questões a si própria, o que sente?

Votos de boa reflexão e melhores decisões!

Ana Caetano
Psicóloga Clínica 
www.wix.com/anaecaetano/anacaetano"

26 junho 2013

Uns "extras" no nariz da Eva

Há uns dias atrás notámos que a Eva tem dois ossinhos no nariz que eu acho que são "extra"... não deviam la estar. Estão mesmo na zona onde começa a cana do nariz.
Deixámos passar vários dias para ver se passava, podia ser uma inflamação, mas não passou.
Na segunda-feira decidi visitar a medica que nos sugeriu fazer uma Raio-X para avaliar.
E assim foi, ontem la fomos fazer.
Como eu não a podia acompanhar, por estar gravida ela foi sozinha, e diga-se que ela se portou lindamente, como uma crescida.
Tive tanta pena de a deixar sozinha neste momento, mas teve mesmo de ser.
Vim de lá sem saber nada, o medico não estava e os resultados só estão disponíveis na segunda-feira que vem. Que angustia, né?
Tenho de esperar mesmo.
Pode ser muita coisa, ou pode não ser nada, mas só com este exame saberemos.
Ela queixa-se quando apertamos com mais força o narizinho, isso e o facto de ressonar de noite são os únicos sintomas que tem.
É estranho, porque basta olhar para ela com atenção para perceber aqueles "extras". Até nas fotos se nota.
Resta esperar...

30 maio 2013

Ainda na barriga e já pregas sustos...

Pois é! Foi um susto e tanto, confesso.
No passado dia 23 fomos fazer a morfológica à TocoEco, como fazemos sempre, desde a gravidez da Sara e não fosse um pequeno pormenor, estaria tudo bem.
O pequeno pormenor podia ter-se transformado num muito grande...
O intestino do bebe apresentava uma densidade igual ao osso, ou seja, estava hiperecogênico. Na ecografia aparecia tão brilhante como os ossos, fundamentalmente é isto!
Bom, inicialmente e depois de falar com a medica que fez a eco, fiquei sem saber bem que pensar.
Não se tratava de uma doença, mas sim de um sintoma, uma indicação que algo não estaria bem.
Ainda no caminho enviei sms à minha GO que me pediu para antecipar a consulta logo para a próxima segunda-feira... pensei logo que, de facto algo podia não estar bem.
Já em casa e como a cabeça não pára acedi à net e tentei procurar respostas... sem grande sucesso.
Não é uma situação muito comum. Os poucos relatos que apareciam eram confusos e alguns nem conseguia perceber como tinham terminado.
Consegui entender que podia estar associado às trissomias, a fribrose cistica, o bebe podia nao ter anus, podia ter havido sangramento no útero e o bebe ter ingerido aquele sangue e daí aquela massa densa... ou simplesmente não ser nada e passar ao longo da gravidez.
Bom, fiquei assim, com uma angustia e um aperto no coração até ao dia da consulta.
Na consulta, a medica pediu para fazer rapidamente exame à toxoplasmose e ao citomegalovirus (doença do beijo).
Observou-me, o colo estava bem, aumentei so 500g desde a ultima consulta e o mais importante de tudo, marcou uma eco de alta resolução na Maternidade Bissaya Barreto em Coimbra para a quarta-feira seguinte, onde íamos apurar o grau de densidade e fazer novas medições no bebe, daí e caso o diagnostico se confirmasse ser-nos-ia sugerido uma amniocentese.
Instalou-se em mim uma ansiedade tal que mal consegui dormir nessa noite. Pesquisei, pesquisei, mas com pouco sucesso. Chorei tanto, também.
Uma amiga traduziu-me uns documentos do Pubmed e explicou bem o que podia estar a acontecer... no fim confesso que fiquei mais serena... e a acreditar que o meu bebe ia ser um daqueles em que ia passar ao longo da gestação.
No dia seguinte, as 10h la estávamos na maternidade, fizemos uma entrevista breve com uma medica que fez o historial clínico da gravidez e das nossas doenças.
Seguimos para uma espera de quase duas horas... embora só houvesse cerca de 3 pessoas à frente para fazer aquela eco, este exame é sempre muito demorado.
Por volta das 11:30 la nos chamaram, o exame foi feito na presença de 3 médicos. Sempre bem dispostos e animados... deu para aliviar a tensão que sentíamos... e perceber que afinal estava tudo bem.
O intestino nesse dia estava normalíssimo, escuro como sempre devia ter estado.
Explicaram-nos que o bebe nesta fase começa a ter transito intestinal, ele pode ter sofrido de tipo "prisão de ventre" e aquele meconio que la estava tornou-se denso.
O certo é que naquele dia não havia brilho absolutamente nenhum...
Fizeram de novo todas as medições e até nos deram umas "fotos sociais" muita giras... :)
Ainda voltamos a falar com a medica da entrevista inicial, mas ela só confirmou que estava tudo bem e saímos com o maior dos sorrisos do mundo.
Fiquei super aliviada... super feliz...
Tudo não passou de um valente susto, é verdade, mas que deu para tudo em questão deu, puxa!
Mas Deus existe e Ele esta lá a olhar para nós e a tomar conta da sua criação, a só tenho de estar grata por ter tomado conta da situação.
Confesso que se algo estive errado, se algo se passasse com o meu bebe não sei como reagiria... não sei que faria... nao consigo sequer pensar nessa hipótese.
Quanto ao sexo, conseguimos continuar sem ser saber o que é! O mais importante de tudo é que esta bem.

16 maio 2013

Matriculas feitas.

Hoje foi dia de ir fazer as matriculas na pré-escola.
A Sara vai em Setembro e a Eva foi só renovar.
Confesso que estou com um aperto por deixar a minha princesa do meio começar esta nova etapa.
Acho que vou ter imensas saudades, mas a verdade é que ela claramente demonstra que gostava de estar com a mana na escola.
Depois de largos meses a pensar e repensar sobre assunto decidi que a vou por este ano na mesma sala que a Eva, como também só será um ano lectivo, resolvi assim.
Acredito que será melhor para adaptação da Sara.
Sei que podem haver alguns problemas no comportamento da Eva em grupo na presença da irmã, mas parece-me que isso não vai acontecer, elas são duas pessoas bem distintas e com feitios muitos diferentes.
Na sala vão existir cerca de 10 crianças da idade da Sara e outras tantas da idade da Eva, com certeza que cada uma terá o seu grupo, sem problemas.
Ja compramos a mala, e agora é esperar por Setembro. 


09 maio 2013

3º Consulta de gravidez

E depressa chegamos a mais uma avaliação mensal desta nova gravidez.
Agora percebo como o tempo passa mais rápido quando temos alguém que nos consome quase todo o tempo disponível... as meninas e as suas rotinas.
A consulta correu bem.
Apontamento para fazer analise da toxoplasmose apenas... marcamos a morfológica para o final de Maio.
Aumentei 3 kg em 4 semanas... acho que entrei em guerra com a balança... xiça.
Tenho de ter cautela, não posso aumentar muito para não esforçar as cicatrizes.
De resto tudo vai bem.
O sexo, esse esta no segredo... so no fim! :)


28 abril 2013

A Sara e a Xuxa

E pronto terminou uma relação de 30 meses.
Desde o dia que nasceu que esta menina era doida pela xuxa, nunca adormeceu sem ela e mesmo de noite acordava sôfrega à procura.
Na segunda-feira ao chegar a casa deixou-a cair no fosso do elevador. E a mãe resolveu aproveitar a deixa para acabar com esta relação.
Confesso que ela me surpreendeu imenso.. as noites correram todas lindamente... sem choros, sem nervosinho ou ansiedade pela falta dela. Apenas na primeira sesta houve uma grande choraminguisse ate adormecer, mas foi só.
Posso afirmar que esta relação terminou muito bem, agora tenho de procurar a outra extra que eu tenho antes que ela a encontre.
Ainda pergunta por ela, mas consola-se rápido, respondendo que esta no elevador.
Não foi planeado, não foi nada pensado apenas se proporcionou e correu mesmo bem.
A minha menina esta mesmo a deixar para trás todos os laços que ainda a ligavam a uma bebé.
A xuxa era uma igual à da foto.


26 abril 2013

17 semanas

Esta gravidez esta a passar tão rapido... ate tremo de cada vez que faço as contas e percebo que afinal ja passou mais uma semana.
Desta vez não tenho quase nenhuma foto tirada.
Das outras tirava todas as semanas... e publicava.
Mas agora, o tempo é tão curto, ando sempre numa azafama por causa das crianças e das suas rotinas que pouco tempo me sobra para pensar em fotos.
Sei que é mau, muito mau, mas vou-me esforçar para pelo menos daqui por diante tentar colocar fotos de 15/15 dias.
Hoje completo 17 semanas.
Peso menos 2 kg que na gravidez da Sara e menos 4 que na gravidez da Eva em igual período...
Desta feita, posso concluir que estamos bem.
Temos consulta daqui a uma semana e meia, toda a gente me pergunta pelo sexo, mas confesso que não estou nada curiosa,hás mesmo dias que ate desejo continuar no suspense ate ao fim!


19 abril 2013

Foi um grande susto

Hoje apanhei um valente susto.
Um susto para o qual uma mãe nunca esta preparada.
Deixo a menina Eva na escola por volta das 9:00 e às 11:00 ligam-me a dizer que ela deu uma queda, mas que estava tudo bem mas por precaução tinham chamado o INEM.
Bem, como explicar?? O meu mundo parou! Em fracção de segundos pensamos em tudo e fazemos interiormente um cenário dantesco... a palavra INEM assusta, confesso.
Enquanto me dirigia para a instituição, sim porque cheguei la antes dos profissionais de saúde, fui pensando e acalmando e o meu coração foi me dizendo que estava tudo bem.
E estava, ela estava serena, com um enorme galo na cabeça, um pouco assustada por ver todo o aparato de volta dela.
Assim que chego, chega também a ambulância  foi, ainda lá observada, tensão arterial, pupilas, perguntaram nome, idade, se doía a cabeça, se queria vomitar, e rapidamente pudemos perceber que não era grave, mas em todo o caso devia fazer uma avaliação mais pormenorizada.
Gostei imenso dos médicos, novos, atentos e sempre a respeitar a vontade da criança, falaram sempre com ela, nunca lhe tocaram forçadamente (já bastaria se tivesse mesmo de ser).
Só para dizer que esta nova geração de médicos me encanta imenso pelo respeito, pela calma e pela informalidade.
No hospital formos rapidamente atendidos fizemos Raio-X, pusemos gelo, estivemos um pouco em observação. O Raio-X estava perfeito e tivemos alta.
A Eva foi muito corajosa, porque eu não pude ir com ela ao Raio-X, mas lá lhe expliquei o motivo, duas lagrimitas saíram e ela entendeu. Que crescida, esta miúda!
Realmente, ter um filho é ter o coração fora do corpo. Mas tudo esta bem, quando acaba bem.
Quero agradecer às minhas amigas que hoje me ajudaram imenso, à Cláudia Domingues, à Cláudia Francisco e à Carla Nunes. Que seria do meu mundo sem vocês? Sou uma privilegiada por vos ter, é o que é!

Um registo de como está.




17 abril 2013

Eva de cabelos cortados

Não gosto nada de ver meninas pequenas de cabelos grandes.
Não é que, não seja bonito, porque até é. O problema é o desconforto para elas.
E agora que o verão esta a chegar, as corridas e as brincadeiras ao sol aumentam bem como os suores e as transpirações... nada confortável.
Então na quarta-feira aproveitei que ia com uma amiga e resolvi cortar o da Eva.
Ela é uma menina que não gosta de mudanças e não gosta de estranhos a mexer-lhe. É assim em tudo, raramente dá beijos a alguém que não conhece  raramente dá abraços ou ate se aproxima de uma pessoa que viu poucas ou mesmo nunca.
Como fomos a uma cabeleireira que ela não conhece não gostou muito, e pediu para irmos antes à outra... mas lá lhe expliquei que não dava, porque já era tarde e, embora muito contrariada e sempre de mão dada comigo lá deixou fazer o serviço.
No fim ficou... vaidosíssima.
Eu acho que esta perfeito. Leve, pelos ombros e ate ela fica com ar mais criança.

Logo que seja possivel deixo uma foto.

03 abril 2013

13 semanas de um novo amor.

Pois é, e ao fim de quase um ano lá me decidi a voltar a viver esta alegria.
O mês de Janeiro entrou e eu comecei a tomar o Folicil e a pensar treinar daqui a um ou dois meses, claro está que os cuidados foram só alguns e pronto... cá estamos.


Desta vez, resguardei-me e só tornei publico agora. Na rua não foi fácil esconder, porque a barriga começou a arredondar muito cedo... mas muitas vezes dei comigo a puxar o casaco ou simplesmente a tapar a barriga com algo que tivesse na mão. 
Não sei, mas desta vez o desejo de contar ao mundo não era tão grande como nas outras, queria ficar o mais tempo possível sozinha com o meu bebe. ;)
Talvez a razão seja fácil de perceber, a nossa sociedade não esta formatada para famílias grandes e como sei que na ultima gravidez (a que eu perdi) ouvi imensos comentários menos positivos, desta vez preferi assim.
Bom, mas adiante... esta foi a eco das 12 semanas, em que percebi que afinal tinha mais uma semana de gestação. :) 
A Dr. Teresa já lançou a sua suspeição sobre o sexo, mas, e como, nada é certo nesta eco, prefiro não comentar.
O bebe esta bem e eu também... ;)
Comecei esta gravidez com 56,5 kg. Às 9 semanas, tivemos a primeira consulta e tinha 58,8kg e agora às 14 semanas tinha 59,5kg. Vamos ver até onde nos leva esta viagem. A ordem é so chegar aos 68 kg, veremos!
A Eva esta a adorar... abraça a barriga, dá muitos beijinhos... esta ansiosa para que nasça e tem imensos nomes escolhidos na cabeça dela, que giro! 
A Sara, essa nao liga nada... passa-lhe completamente ao lado. 
E pronto a nova viagem ja começou e temos muito para contar...

19 março 2013

Dia Do Pai

Hoje o dia é especial... é dia deles... dos Pais!
Dia do meu Pai... aquele que me gerou, me criou e me amou... e a quem eu agradeço tudo... ♥
Dia do Pai dos meus filhos... aquele que eu escolhi para viver e partilhar comigo esta deliciosa experiência...
Ser Pai, não é só educar... é brincar... é correr atrás... é ensinar... é montar aqueles brinquedos chatos e complicados que as mães nunca "sabem"... é dormir no sofá porque a cama esta ocupada... é deixar de comer a ultima fatia de bolo, porque alguém "gulosamente" choraminga por ela... é deixar as compras a meio, porque alguém precisa de fazer xixi... é vestir a roupa trocada nas filhas e achar que uma cresceu e a outra diminuiu... é deitar as filhas calçadas para não terem frio nos pés... é parar o carro e ter de abrir a porta, porque se esqueceu do cão imaginário da filha... mas acima destas coisas todas é um grande amigo! Espero que entre vós haja sempre uma grande amizade e união.


13 março 2013

Um desabafo de felicidade

Realmente eu sou uma privilegiada... nunca estreei um carro novo... a casa onde moro não é minha... nunca vesti umas calças da Levis... nunca comi ostras nem caviar... nunca estive num hotel 5 estrelas... nunca tive mais que 5 pares de sapatos por estação... raramente vou ao cinema.. raramente faço refeições superiores a 10€ para 4... raramente compro perfumes e maquilhagem para mim... e é por prescindir destas coisas todas que estou 24h a cuidar das minhas pequenas... prescindi de um salário, pequenos luxos e horas de silêncio (pelo menos as do emprego eram sem filhos).... só por esta extravagancia que ADORO... ♥ Se me sinto realizada??? Sinto sim, sou engenheira industrial especializada em gestão de projectos... e encontro-me actualmente a gerir dois projectos com termo agendado para daqui a 18 anos (mais ou menos)... ;) esta é a maior realização de vida, pessoal e profissional que eu podia ter... sou uma doida eu sei! Mas gosto de mim assim.

06 março 2013

Mau comportamento

Estão as duas terríveis.
Não sei que faça à minha criança de 2 anos.
Esta tão mal comportada, mas tanto!
Não me lembro da Eva ser assim.
A pequena não admite um não... faz logo uma choradeira que parece que o mundo vai acabar.
E primeiro que ela aceite, chora imenso e altoooooooooooooo.
Sempre a chamo, pura e simplesmente ignora-me.
Quando lhe digo parár de mexer, não pára... por vezes só uma meia palmadita na mão, em gesto de "É MESMO PARA PARÁR!" é que ela pára de mexer.
Esta mesmo difícil, educar esta miúda.
Sinceramente nao me recordo de tamanhas birras e fitas na Eva. Não me lembro mesmo.
Quando brinca às vezes peço para arrumar, e ela vai ainda espalha mais e foge-me... ri-se.
O que lhe hei-de fazer???
Quanto à Eva, esta mesmo na fase de ser respondona... de fazer só o que lhe apetece, de revelar o mau génio que ha dentro dela!
O pior é que eu ando cansada e sem muita paciência...
Na escola tenho queixas do mesmo. Que a menina esta assim. So faz o que quer e quando quer!
Mas eu detesto mau comportamento, detesto que me respondam mal, detesto que nao façam as coisas quando eu peço.
Enfim... desabafos de hoje.

01 março 2013

A Sara foi ao cabeleireiro

E não gostou nada.
Mesmo ao meu colo, sentada virada para mim, chorou um pedaço, mas tinha de ser.
O cabelo desordenado, selvagem e fininho já não tinha piada nenhuma.
Gostei imenso do resultado final.
Ficou mesmo gira.

Cortei um bom pedaço, eu sei, mas sinceramente, gosto mais de ver as crianças com cabelos pelos ombros do que compridões. Eles correm, saltam, transpiram, que imagino que não seja muito confortável ter grandes cabelos ainda a pesar e a fazer mais calor.
La esta, como eu tive cabelo longos durante toda a minha infância e fui obrigada, literalmente  com as minha s pequenas não vou fazer o mesmo, sei bem o que custa! Principalmente quando são cabeleiras fartas como a minha era. 

28 fevereiro 2013

Tanta coisa para dizer

Passou tanto tempo desde que escrevi aqui pela ultima vez.
Passou o Natal, o ano ja começou e venho aqui tanta vez, abro a pagina de mensagens, mas acabo sempre por não escrever nada.
As miúdas cresceram tanto neste intervalo de tempo. Há tantas novidades, nem sei bem por onde começar.
A Sara esta enorme, completamente autónoma e independente.
Tem uma energia que me cansa só de olhar. Corre desde que acorda ate que se deita. 
Ainda passa os dias comigo em casa. Brinca sozinha, mas é muito criativa nas brincadeiras dela. Imagina coisas, fala sozinha, trata dos bebes todos cá em casa, sobe, trepa, salta, gripa... enfim passa os dias e não dá trabalho nenhum.
Fez o desfralde muito bem naquela altura e desmamámos à coisa de uma mês. 
Hoje apanhou-me de mamocas ao leu e não se calou um segundo, lá lhe dei para ela perceber que já não havia, mas para nossa surpresa eu AINDA tenho leite.
O pai ralhou imenso comigo, porque acha que regredi numa decisão que já estava tomada, mas eu justifiquei, pensei que ela chegasse e notasse que já não havia e iria parar de pedir, mas não... afinal... surpresa das surpresas a fabrica ainda produz.
Continua loura, com um tom dourado lindo, lindo! Estou a pensar levá-la de novo ao cabeleireiro para lhe dar um corte, o cabelo dela é muito selvagem, não tem ponta por onde se pegue. É muito estranho mesmo. Cheio de jeitos, de remoinhos, caracóis, enfim.
Talvez hoje conheça um corte. Vamos ver se dá tempo.
Quanto à estatura acho que ela é muito diferente da irmã, mais magra, mais baixa e mais branquela. A pele é muito seca, tem alguns eqzemas, atrás das orelhas, exemplo, que merecem atenção nesta altura de frio, e um na carita.  
Come as refeições todas pela mão dela, raramente quer ajuda, mas apesar de comer muito bem, ela pouco engorda. Também a verdade é que ela so pára para dormir e porque é obrigada literalmente.
As noites tem sido, por fases, tem semanas que dorme muito bem, como é o caso desta, como tem outras que acorda imensas vezes de noite, chora imenso e muito alto e depois não quer dormir na cama dela, mas ela não dorme nada bem na minha, deve ser do nosso calor, suponho. Enfim. 
Agora anda numa fase que é tudo "chózinha... chózinha", ou seja, quer fazer tudo sozinha, acha que é crescida, que já sabe. Veste-se, calça-se, quer por cremes e perfumes, fitas no cabelo, enfim... vaidosa.
Da Eva, que dizer... ui tanta coisa.
Esta uma linda menina. Delicada, meiga, e super, super observadora. Faz imensas perguntas, tira as suas próprias conclusões, tem alturas que nós rimos imenso com as trapalhadas que ela faz/diz...
A semana passada teve uma pequena audição de ballet na escola, foi um orgulho tão grande ver a nossa princesa fazer todos os exercícios com a delicadeza e atenção pedida. Sempre muito atenta, muito cuidadosa a colocar os pés... não falhou um exercício. Correu lindamente. 
De manha tinha estado a chorar a dizer que não queria participar... não sabíamos bem porque. No caminho disse ao pai que estava com medo de não saber fazer os exercícios  mas fez e acredito que se surpreendeu a ela mesma.
Esta mesmo crescida.  
Estamos com um problema a dizer o R em determinadas palavras. Decidimos esperar ate ela fazer 5 anos, e caso não melhore faremos umas aulas de terapia da fala. Acho que ela não sabe mesmo como pronunciar o R.
Anda muito empolgada com a primária, embora ainda falte mais de um ano, ela pergunta imensas vezes quanto tempo falta para ir aprender a ler e a escrever. Esperemos que o entusiasmo se mantenha quando realmente iniciar.
Quanto à estatura esta alta, mas rechonchuda à mesma, esta composta. O cabelo mudou tanto, alisou, mas continua com uma cabeleira bem farta, ou não saísse à maezinha dela.
As refeições em casa, são difíceis,  tem dias que se nega a comer sozinha, quer ajuda, e quer ajuda e quer ajuda... enfim! Já lhe disse que lhe faço tratamento de choque de novo. Ela já tem quase 5 anos! 
Na escola esta bem. Dizem-me que não chora. Que quando decide que não quer fazer algo, pura e simplesmente não faz e ninguém a convence... que aprende muito rapidamente e que é muito interessada em aprender letras e números.
Adora brincar às famílias a irmã já entrou no esquema também e então dá gozo vê-las brincar ao fim do dia... é tão giro.
No fim de semana, enquanto eu estava a descansar no sofá, o pai apanhou-as a brincar com o meu necessaire (tenho cremes, batons, vernizes perfumes... um mundo para as meninas)... ele diz que só ouviu a mais velha dizer para a pequena "Foge antes que a mãe se levante..." 
São tão cúmplices... e tão amigas.
Espero que sejam sempre assim.
Adoro-as...

E são estas as nossas novidades... mas ha mais... aguardem que entretanto venho contar o resto <3 :)