13 janeiro 2009

Mundaça de quarto.

Muito bem... chegou o momento da mudança de quarto da Eva...
Até aos 6 meses devia ser feito e a poucas semanitas de completar 6 meses assim o fizemos.
Devo dizer que me custou imenso, foi mesmo muito doloroso, na primeira noite, não resisti e tive de a ir buscar para dormir comigo, na segunda noite la ficou e dormiu muito bem.
Esta esta a ser a 3º noite e tudo nos conformes...
Entretanto resolvi partilhar um excerto de um livro que fala sobre esta questão, isto porque sei que há mamas que mudam os bebes de quarto logo no inicio e isso não é nada bom para os bebes e o problema da maior incidência de morte súbita ser nos países industrializados devido a esta situação, afastarem o bebé da mãe muito cedo. Mas leiam e deixo á vossa consideração.

Por Jan Hunt, Psicóloga Diretora do "The Natural Child Project"

"1 - Uma família que dorme unida tem vantagem na facilidade com que o bebé pode ser amamentado, pois não é necessário ir buscá-lo a outro quarto para mamar. Uma mãe que amamenta numa "cama familiar" pode alimentar o seu filho facilmente, sem estar totalmente desperta e assim não deixa de obter o repouso de que necessita. Assim, dormir em família incentiva as mães a prolongarem a amamentação e todos os seus inúmeros benefícios por mais tempo.

2 - As falhas respiratórias são relativamente comuns nos primeiros meses de vida e se não forem evitadas ou socorridas podem degenerar em "síndrome de morte súbita infantil" (SMSI). Pesquisas recentes sugerem que dormir acompanhado pode ajudar a evitar essa triste ocorrência de duas maneiras. Primeiro, as pequisas mostraram que a respiração da mãe serve de compasso ao bebé, que, inconscientemente segue o mesmo padrão respiratório, evitando assim a ocorrência da SMSI(1). Segundo, mesmo que esse sistema falhe, a mãe está próxima para ajudar, acordando a criança. Uma mãe que amamenta tem ciclos de sono e sonhos coordenados com os do seu filho, o que a torna altamente sensível ao bebé. Se estiverem a dormir próximos, ela acorda automaticamente se houver uma falha respiratória mais longa. Mas se o bebé estiver sozinho, esta intervenção não será possível.

3 - No geral considera-se a asfixia como um risco de se dormir em família. Mas esse risco só existe em duas situações: um bebé que dorme num colchão de água, que o impede de se erguer quando necessário, e pais muito intoxicados com álcool ou drogas para atender a criança. É evidente que uma criança que sufoque por qualquer motivo (uma fita do pijama que se enrole no pescoço, vómitos durante o sono ou crises de asma) tem muito mais facilidade em acordar os seus pais se estiver a dormir perto deles do que se estiver a dormir noutro quarto.

4 - Qualquer perigo noturno é reduzido, se a criança tiver um adulto próximo. As crianças e os bebés morrem em incêncios, sofrem de abuso sexual por parte de familiares, caem da cama, são atacados por animais de estimação, sufocam com o vómito e podem ser feridos ou morrer de várias maneiras que poderiam ser evitadas por um pai ou uma mãe próximos.

5 - No geral existe a impressão errada de que dormir em família facilita o abuso sexual da criança por um dos pais. Mas a verdade é o oposto. É bem menos provável que os pais que criam profundos laços afetivos com seus filhos permanecendo próximos e disponíveis tanto de noite como de dia, tenham atitudes agressivas de qualquer tipo contra as crianças que eles amam e cuidam. Por outro lado o facto de uma criança dormir sozinha jamais foi uma boa proteção contra um pai ou uma mãe com intenção de abusar sexualmente, e pode mesmo facilitar a manutenção do segredo de um dos pais.

6 - O sono em conjunto também pode evitar a angústia da criança ajudando toda a família a obter o repouso necessário, principalmente quando a criança está sendo amamentada. A criança não precisa sofrer desnecessariamente nem chorar para chamar a sua mãe, e a mãe pode amamentar semi-desperta. Toda a família acorda descansada, sem os ressentimentos das noites perturbadas pelo choro do bebé. É mais fácil um pai ou uma mãe exaustos agredirem o filho do que se estiverem descansados e tiverem compartilhado o sono tranquilo da criança durante toda a noite.

7 - O choro é um sinal que a natureza inventou para alertar os pais, de modo a que as necessidades da criança sejam atendidas. Mas o choro prolongado cria tensão a toda a família. Quanto mais depressa as necessidades do bebé forem atendidas, mais tempo a criança e toda a família poderão repousar, e mais energia terão no dia seguinte. Uma mãe que dorme junto do seu bebé pode utilizar as reações insitintivas que uma mãe tem ao primeiro soluço do seu filho, e com isso evitar a necessidade de choro forte que é tão desconfortável para o bebé quanto para os outros membros da família.

8 - Um sentimento profundo de amor e confiança costuma desenvolver-se entre irmãos que dormem próximos, diminuindo a rivalidade entre os irmãos durante o dia. Irmãos que compartilham tanto a noite quanto o dia têm mais oportunidade de construir um relacionamento profundo e duradouro. Bebés e crianças que são separados de outros membros da família durante o dia (pais que trabalham, irmãos que vão à escola) podem se redimir parcialmente dessas ausências e reestabelecer vínculos emocionais importantes passando a noite juntos, além do agradável início de manhã em família que em geral não seria aproveitado noutra situação.

9 - Pesquisas sobre adultos em coma mostraram que a presença de outra pessoa no quarto melhora significativamente a frequência e o ritmo dos batimentos do coração e a pressão arterial. Parece razoável supor que crianças e bebés também desfrutem desses benefícios se dormirem com outras pessoas no quarto.
Uma criança que é igualmente cuidada de noite e de dia recebe confirmação constante de amor e apoio, em vez de precisar lidar com o medo, raiva e sentimento de abandono noite após noite.

10 - Crianças que se sentiram seguras dia e noite ao lado de uma mãe ou de um pai amoroso irão se tornar adultos que lidam melhor com as tensões inevitáveis da vida. Como John Holt afirmou com eloquência, ter o sentimento de amor e segurança no início da vida, em vez de "estragar com mimos" uma criança, é como "dinheiro no banco": um fundo de confiança, auto-estima e segurança interior a que a criança pode recorrer para enfrentar os desafios da vida.
(1) - É importante lembrar que o maior número de casos de SMSI ocorre nos países industrializados, onde, culturalmente, é mais comum que o bebé durma num quarto separado dos pais.
"

2 comentários:

CSaramago disse...

A mudança só por si já é sempre muito dificil quanto mais quando toca a um filho...mas esta mudança é necessaria pois tb eles precisam do seu espaço...
A Evita está a ficar uma senhorita
Beijocas

Shiva disse...

Parabéns á Evita que se portou tão bem com a mudança!
Ela já sabe que quer no quqrto dõs papás, quer no dela, a mamã está sempre á esperita, pronta para a reconfortar!